Dessa vez ia
Se entregava feito peixe que se vê livre no oceano
Os poros tornavam florestas, sentindo, sensíveis, balançando com os toques
A razão era feito brisa, passageira, leve, nem se sente mas refresca
Dessa vez ia
Botava camisa e boné
Vestia a ideologia e a fé
Usava do megafone e dá melhor voz
Fazia silêncio e consciência na mesa de reunião
Que o grito era pra avenida
Dessa vez ia
Alugava um livro, emprestava um caderno
Tornava verdadeiro o homem moderno
Rascunhava linhas, sonhava em trilhas
Dessa vez ia
Casa bonita
Palacete assobradado
Fingimento demais
Verdade de lado
Dessa vez ia
E toda vez foi
Procurando por si
Pra nunca se encontrar
Eduardo Bueno
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