Era só um azul
Único em tom e sentido
Eram sentidos
Variáveis e variantes, zonzeantes
Era a agonia dá grade sobre o azul
Era o degradê, do centro até as bordas dá vista
Culminando num processo de formigamento estelar
E quando o corpo estaca
A mente fomenta
Tem fome dá tormenta do mundo
Tem fome das cores saltitantes atrás das latas de sardinha
Tem sede do choro solitário e dá preocupação passageira
É um retângulo o agora
Horizontal e vertical
Quase uma odisseia
E as feras abrem suas portas como fossem gargantas
E os sons agridem como punhais
E torna se denovo refém de sua própria coerência
Dá contra reforma dentro de si
Vívida e insistente, manifestante
E então
Era só aquietação
Eduardo Bueno
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