Você viu, a cara com que passou aqui
Viu o piercing que definia as suas capacidades
Viu os desenhos que escondiam seu corpo
Você viu
o leite que derramou quando saiu
Chorou coitado, sem idéia de limpar, só queria ter bebido
Mas beber bebeu, e se afogou, e agiu, e se arrependeu
Sempre haveria uma descarga
De água ou de chumbo
De couro e cobre
Você viu
que quis ir la pro meio do nada
Do que é que queria fugir ?
O que é que queria encontrar?
Você viu, que nele não cabia raízes, e que também não soltava
Era somente broto, feito semente nova buscando qualquer traço de terra
Pra crescer
Fortalecer
Pra fazer parte e construir
Pra se sentir integrante da floresta ao redor..
Você viu
A identidade
A entidade
A opressão depressiva
A depressão opressiva
Você viu
O preço do remédio, do feijão, do coração
do amor, do ódio, da certeza, da busca
De Cuiabá, Araras, Rio Claro, São Paulo, Osasco, Jaboticabal
Caro
Meu caro
Eduardo Bueno
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