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Me descubro a cada dia, me transformo a cada novo passo e a qualquer momento ao dobrar uma esquina. É impossível ser descrito de maneira estável. Conheça-me através das postagens e algo mais.

13 de out. de 2016

011 capital

Explodiu
Foi caco pra todo lado, machucou, cegou, reprimiu
Explodiu
"cadê ela? cadê eles? cadê ela?"
Ali! Correu pra encontrar
Ela tinha os olhos assustados, de um desespero fatal
Mas não pelo estouro das bombas de efeito moral
Mas pelo efeito de tudo que as explosões significavam
Os retrocessos, as repressões, os desamores..
Se construíram assim, no meio das explosões
Das canções sincronizadas, gritos de luta
Punhos erguidos em resistência
Mãos cerradas juntas, em persistência
Rolava acusação fanfarrona
Dele ser assim, pegado, grudento
E ele nem se preocupava em entender
Aproveitando cada momento
Que um dia a gente ta correndo de PM, suarento
N'outro a gente toma toddy no vento.
Coitado
Achou que cativava
Se abriu demais
Se expôs daquele jeito que já tinha até esquecido
Não negava nada
Deixou ela assustada
Pensou que cativava, feito o pequeno e a raposa
Lembrava daquelas conversas rasas, que chamavam pro mergulho
Do susto dela deve ter nascido o medo
De se enrolar como não se enrolava
De falar o que não falava
Sentir o que não sentia
De abandonar pelo que lutava
Talvez nem se deu o trabalho de entender
A significância de cada gesto
O verdadeiro ato em cada protesto
Toda luta precisa de uma bandeira
De um tempo pra curar a canseira
Nem cabe mais nas palavras
A expressão de tamanha impressão
Nem tem mais o que caber
No buraquinho feito pela emoção
Mas ainda é e será
O melhor lanche bagunçado
O bom bolo encaldado
O super atraso na estação (4 capítulos do mesmo livro! )
O mais formoso cabelo encaracolado
.. Talvez o último texto não politizado..





Eduardo Bueno








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